10.3.11

UM POUCO DO MEU PROCESSO CRIATIVO

Muitas vezes que um cliente pede um trabalho de criação dificilmente dá um prazo legal para entrega. Digo prazo legal para que possamos pensar, pensar, estudar, esboçar, pesquisar e dar sequência ao trabalho.

Geralmente tenho que arrumar um tempo extra para desenvolver. Apesar do dia ser longo, na frente de um computador ele reduz bastante, sendo assim é indispensável trabalhar na madrugada.

Minhas criações são feitas de dia, mas a madrugada me atrai, silêncio, cabeça se liga mais, deixo o som baixo, pouca luz. Mas cada um tem seu jeito.

Meu notebook parece que ganha algumas memórias a mais, a internet acelera para minhas pesquisas e minhas revistas e livros se abrem nas páginas certas para inspiração.
Nesse exato momento em que escrevo essa matéria estou ouvindo o tipo de som que curto, que me inspira. A mesma coisa serve para criação de um projeto gráfico, temos que estar com a inspiração presente. Não venham me falar que criam em segundos, que é só sentar na frente de um computador e desenrolar todo um processo. Pastel só na feira gente.

Lembro que tive um professor que disse: “Na minha agência deixo meus profissionais de criação a vontade, se gostam de música podem ouvir no horário de trabalho, às vezes para relaxar até comprava umas pizzas e umas cervejas. Mas tudo dentro de um limite.”

Quando vamos desenvolver um trabalho quantas artes preparar? Qual cor usar? Tipo?
Vejo que muitas informações vão depender de um briefing bem elaborado, com isso podemos acelerar bastante o tempo de criação.

Costumo preparar de 2 a 3 modelos, isso para logotipo/logomarca. Se for um catálogo ou folder faço 2 modelos. Vai depender do seu momento também, pode acontecer de criar apenas 1 e pronto, encaixou perfeitamente, tiro certo. E assim vai, passo para o cliente geralmente em PDF para que possa analisar e quem sabe aprovar. Mas essa ideia de fazer até 3 modelos sempre tem alterações, muda aqui, muda ali. Normal na vida de um Designer, quando é aprovado envio o arquivo original e um arquivo fechado. Sempre fiz assim e nunca tive problemas. Envio para o cliente quando ele pede, mas muitas vezes o trabalho é passado direto para gráfica, aí é outro assunto.


Gosto quando tenho a liberdade, dar ideias de impressão, cor de material, acabamento. Na verdade nossa ideia pode ser mais recompensadora quando vemos o seu final feliz, com as cores certas, o papel certo e o acabamento perfeito.
O interessante é você ter referências nas suas mãos, se não tiver nada, vá até uma gráfica e pegue alguns materiais impressos com diversos tipos de acabamento. Fica melhor de visualizar.

Não mostre o mesmo de sempre, mesmo a verba sendo baixa é possível fazer bons trabalhos. A gráfica tem que ser uma das suas maiores parceiras.

Existem diversas maneiras de acabamento, uma mais atraente que a outra e que se encaixa perfeitamente com sua criação.

Como não tenho total conhecimento em papel, procuro tirar minhas dúvidas direto com a gráfica, sei que vão indicar a melhor opção, não posso arriscar sem ter total entendimento do assunto.

Uma dica então. Procure se cercar de toda informação que possa ser fundamental para seu trabalho, quanto mais informação, menor é o risco de erros e de tristezas.

Outra coisa. Tudo bem que a Internet nos dá diversas opções de comunicação com nosso cliente, mas não fique só nisso, mostre sua cara, sua voz e sua presença. Procure marcar uma visita até a empresa que solicita seus trabalhos, isso traz mais confiança. Também não seja chato de ficar de hora em hora enviando email pedindo informações do job. Escreva um email com todas as dúvidas e informações que precisa e depois só vá atualizando seu cliente do andamento do projeto.

É isso, espero que tirem alguma caldo dessa matéria, são assuntos muitos citados na Internet, livros. Mas é sempre bom ter opiniões diversas.
 

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